Em tempos de Taxonomia...e Objetivos de Aprendizagem

What a hell ... ?

"Taxonomia (do Grego verbo τασσεῖν ou tassein = "para classificar" e νόμος ou nomos = lei, ciência, administrar, cf "economia"), primeiramente, foi definida como a ciência de classificar organismos vivos (alpha taxonomy), mas mais tarde a palavra foi aplicada em um sentido mais abrangente, podendo aplicar-se a uma classificação de coisas ou aos princípios subjacentes da classificação. Quase tudo - objetos animados, inanimados, lugares e eventos - pode ser classificado de acordo com algum esquema taxonômico.(...) " Wikipedia

Hum....portanto, tudo é passível de ser "taxonomizado" ... Será?

Em tempos de Tecnologias, Gestão do Conhecimento, Aprendizagem... por que utilizar taxonomias???

"A taxonomia é um sistema para classificar e facilitar o acesso à informação, e que tem como objetivos: representar conceitos através de termos; agilizar a comunicação entre especialistas e entre especialistas e outros públicos; encontrar o consenso; propor formas de controle da diversidade de significação; e oferecer um mapa de área que servirá como guia em processos de conhecimento. É portanto, um vocabulário controlado de uma determinada área do conhecimento, e acima de tudo um instrumento ou elemento de estrutura que permite alocar, recuperar e comunicar informações dentro de um sistema, de maneira lógica." (Taxonomia: elemento fundamental para a Gestão do Conhecimento - Biblioteca Terra Fórum) .


Mas sobre Tecnologias e Gestão do Conhecimento, falaremos depois....Falemos antes sobre ação e aprendizagem!


Na década de 1950, uma equipe multidisciplinar liderada por Benjamin Bloom (importante psicólogo e pedagogo americano) desenvolveu uma taxonomia, classificando os objetivos de aprendizagem, dividindo o campo de trabalho em três dimensões que se inter-relacionam:
  1. a dimensão cognitiva - ligada ao saber, (atualmente vista como os objetivos conceituais - segundo Antoni Zabala)
  2. a dimensão psicomotora - ligada às ações físicas (objetivos procedimentais - idem)
  3. a dimensão afetiva - ligada a posturas e sentimentos (objetivos atitudinais - idem)
Bloom nunca chegou a desenvolver a dimensão psicomotora da Taxonomia, mas outros especialistas o fizeram (como Anita Harrow, 1972), além de outros teóricos contemporâneos, que trouxeram novas roupagens para a taxonomia, como o Zabala e Perrenoud. A Taxonomia de Bloom, foi (e é ainda hoje!) criticada por alguns educadores por ter nascido em berço comportamentalista, mas ainda é utilizada como um referencial conceitual no planejamento das atividades de aprendizagem. E se bem utilizada em um planejamento de atividades de aprendizagem, tem muito a contribuir! Lembrem-se, Bloom não classificou as crianças e jovens, mas os objetivos de aprendizagem!!! ;)

Entende-se que para a aprendizagem ser efetiva, deve contemplar simultaneamente as três dimensões dos objetivos e os últimos estágios de cada um deles, visto que estão subdivididos em etapas.

Para entender melhor essa taxonomia, elaborei um mapa conceitual (excelente ferramenta para "taxonomizar" ideias, conceitos e proposições) com as principais dimensões dos objetivos e as subdivisões esperadas pelo aprendente em cada uma delas.

Para ver o mapa, clique na imagem e, se necessário, dê zoom!!
A Taxonomia de Bloom é uma ferramenta fundamental para educadores porque:
  • Organiza objetivos de aprendizagem de forma clara e sequencial, desde o básico até o complexo.
  • Facilita a criação de avaliações, assegurando que os alunos sejam desafiados a demonstrar diferentes níveis de compreensão e aplicação do conhecimento.
  • Apoia o desenvolvimento de habilidades de pensamento crítico e resolução de problemas, essenciais para a aprendizagem ao longo da vida.
Ao estruturar aulas e atividades com base nos níveis da Taxonomia de Bloom, os professores podem garantir que estão proporcionando uma experiência de aprendizado completa e variada, que promove o crescimento cognitivo em diferentes dimensões.





Um comentário:

Langa Design Service disse...

Muito obrigado me ajudou bastante